O assassinato de Shelli Uilla da Rosa Vidoto, 27 anos, relações públicas e diretora da unidade Phoenix Mary Kay, por volta das 21h15min (*o horário 21h25min, registrado pelas câmeras não condiz com o horário real) de sexta-feira, em Santa Maria, teve repercussão imediata nas redes sociais, na comunidade em geral e, sobretudo, nos órgãos de segurança pública.
"Nenhuma forma de violência deveria nos ser estranha"
A jovem, vítima do terceiro latrocínio (roubo com morte) do ano e do 30º assassinato de 2016 em Santa Maria, morreu após ser esfaqueada por dois homens enquanto caminhava sozinha na Rua Bento Gonçalves, no bairro Dores, no limite da área central com a região nordeste da cidade. Imagens de câmeras de monitoramento (confira o vídeo no site do Diário) nas imediações de onde aconteceu o crime têm sido fundamentais na investigação que está a cargo da 1º Delegacia de Polícia. Até as 20h de ontem, ninguém havia sido preso.
O caso também suscitou ações da Brigada Militar (BM), que, nos próximos dias, deve implementar ações para tentar frear a violência na cidade, principalmente, os assaltos a pedestres.
"Podiam ter levado tudo. Só não podiam ter levado ela", diz pai de vítima de latrocínio
Conforme o comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1º RPMon) da Brigada Militar (BM), tenente-coronel Gedeon Pinto da Silva, no início de agosto, Santa Maria deve contar com patrulhas comunitárias percorrendo bairros e com o apoio do 2º Batalhão de Operações Especiais. Outra ação direta no entorno de onde a jovem foi morta é o reforço do policiamento e do serviço do Centro Regional de Operações e Inteligência Policial (Croip) da BM, com militares à paisana e viaturas descaracterizadas circulando pelo local. A medida atende a uma das demandas do Programa Santa Maria Segura, lançado no dia 1º de julho junto da prefeitura e demais entidades. Nesta semana, a BM também deve divulgar um balanço da criminalidade no bairro Dores.
VÍDEO: Câmeras registram momento em que jovem é atacada por assaltantes
– Investiremos na presença policial e em ações proativas junto dos órgãos de segurança e da comunidade. Com a Polícia Civil, identificaremos se há quadrilhas agindo em roubos a pedestres, já que, nesse caso, foram dois elementos. Temos orientado as pessoas a não andar em determinados horários e locais escuros e jamais reagir a assaltos.
O comandante ainda critica a impunidade de crimes cometidos pela mesma pessoa:
– Com certeza, esses dois (assaltantes) já têm passagem pela polícia. E a impunidade gera tranquilidade para agirem, pois sabem que não vai dar em nada. Eles precisam ser encarcerados e não ficar neste prende e solta.
As investigações
Segundo o delegado responsável pelo caso, Laurence de Moraes Teixeira, cinco testemunhas já foram ouvidas, além de relatos informais e denúncias. Contudo, a autoria não foi identificada, bem como a arma do crime e a bolsa com os pertences da vítima"